Foto: YouTube
OS PORTOS
Poema de Antonio Miranda
Portos do Amazonas,
cidades temendo as cheias dos rios.
Itacoatiaara, Oriximiná, Alenquer.
Portos do Amazonas, perdidos,
o rio é a grande via circulatórias.
Chega o navio e já e festa.
Caboclos de pé no chá, araras,
castanhas, pacas e piranhas,
catraias de luta à noite e à fome.
Amor, eis o desafio: pode haver miséria
em semelhante riqueza?!
1962
|